COGEX PROMOVE CASAMENTO DE 500 CASAIS EM SÃO LUÍS
Paula Brito - 02/12/2024
No último sábado (30/11), o Centro de Convenções da Universidade Federal do Maranhão (UFMA) foi palco de mais uma edição do projeto Casamentos Comunitários, promovido pela Corregedoria Geral do Foro Extrajudicial (COGEX), em parceria com o Tribunal de Justiça do Maranhão (TJMA) e Corregedoria Geral da Justiça (CGJ-MA). O momento, embalado por emoção e música, garantiu a união de 500 casais de São Luís e reuniu cerca de 5 mil pessoas.
O projeto, idealizado durante a gestão do desembargador Jorge Rachid, em 1998, já totaliza mais de 130 mil casamentos desde sua implementação. Na edição de 2024, a cerimônia contou com a participação de 28 juízes e juízas e com o apoio dos cartórios de registro de pessoas naturais da 1ª, 2ª, 3ª, 4ª e 5ª zonas de São Luís para a celebração das uniões civis.
O corregedor-geral do foro extrajudicial, desembargador José Jorge Figueiredo dos Anjos, reconheceu o empenho de todos os envolvidos no primeiro casamento comunitário realizado pela COGEX, órgão do Judiciário maranhense criado no mês de junho. Ele falou da importância da oficialização da união e dos reflexos que traz para toda família, parabenizou os noivos e as noivas e desejou felicidade aos casais.
“Este é um momento importante para COGEX, um órgão que vem para somar aos esforços do Poder Judiciário do Maranhão na oferta de serviços essenciais para garantir direitos e o exercício da cidadania. Estamos aqui, hoje, para festejar, mas, também, trazer a segurança jurídica tão necessária aos casais que, aqui, oficializam suas uniões. Quero desejar aos nubentes muita felicidade!”, ressaltou o corregedor.
Presente na abertura da celebração, o desembargador Jorge Rachid parabenizou a organização do evento, além dos juízes e juízas presentes. “Temos que reconhecer essa turma de juízes cidadãos que vem gratuitamente e espontaneamente realizar o grande sonho de vocês. Peço aos casais que vivam de maneira pacífica, entendendo um ao outro. Há uma regra que diz o seguinte: nos casamentos comunitários ninguém se separa. É esse meu desejo para vocês”, disse.
Também participaram da cerimônia as desembargadoras Francisca Galiza e Márcia Chaves, que realizaram entregas de certidões de casamentos ao casal com mais idade e ao casal mais jovem, após a celebração que aconteceu no palco principal do evento.
DIVERSIDADE
A celebração foi marcada pela diversidade entre os casais presentes. Desde a história do casal mais idoso, formado por Getúlio Soares (85 anos), e Teresinha Correia (68 anos), juntos há 30 anos, até a recente história de amor de Marta (69 anos) e Odair (79 anos), que se conheceram há dois meses em uma parada de ônibus, prevalece, em todos os casais, o sonho em comum do matrimônio.
Ao som da Banda Bom Menino do Convento das Mercês, regida por Nize Cavalcante, o juiz Adriano César Nóbrega celebrou o casamento de Tainá Tavares e Emylly Oliveira. Juntas há três anos, ambas compartilharam a sensação de oficializar a união. “Coração a mil, muito ansiosas e felizes em realizar esse grande sonho hoje”, compartilhou Tainá.
“Tenho certeza que a caminhada de vocês até aqui foi baseada no respeito, na cumplicidade e, principalmente no amor, o mesmo amor que trouxe todos os outros casais aqui hoje. Toda forma de amor é válida, é justa e temos que celebrar todas elas”. Foi dessa forma que o juiz definiu o matrimônio do casal.
INCLUSÃO
A cerimônia também foi marcada pela união de Raimundo Cutrim e Cleudilene. O casal contou um pouco sobre sua história e os desafios enfrentados pelas pessoas com deficiência.
“Às vezes, pela deficiência, a gente quer desanimar, quer desistir dos sonhos, até mesmo de trabalhar. Quando eu encontrei ele, eu sempre disse que ele é uma inspiração para mim, um apoio, um suporte para que eu o prossiga. Para a gente, estar aqui hoje é um sonho”, contou Cleudilene.
“Um sonho que construímos juntos e hoje estamos realizando esse sonho através do casamento comunitário”, complementou o noivo.
Fonte: Agência TJMA de Notícias