Cartórios de Protesto investem no reposicionamento estratégico de serviços


IEPTB MA - 29/11/2018

Em abril de 2018, o Instituto de Protesto de Títulos do Brasil (IEPTB-BR) contratou a empresa Vallya, com sede em Brasília e filiais em São Paulo e China, para auxiliar na prospecção de novos negócios para o Instituto, estudo e negociação com novos nichos de mercado, análise de realidade e estatísticas, tudo com o objetivo de fortalecer e tornar mais acessível e competitivo a atividade do Protesto no País.

De lá para cá, diversos foram os êxitos da parceria entre a empresa e o IEPTB-BR, segundo Ionara Pacheco de Lacerda Gaioso, presidente do Instituto de Estudos de Protesto de Títulos do Brasil – Seção Distrito Federal (IEPTB-DF). “A empresa já nos abriu portas e canais de negociação e apresentação da ferramenta protesto para novos clientes, nos auxiliou em tomadas de decisões estratégicas e apresentou um diagnóstico sobre o uso da imagem, diferenciais e fragilidades do Protesto frente estudo comparativo e estatístico da atividade no mercado atual, o mercado potencial ainda inexplorado, bem como um comparativo e inferência das diversas realidades do país, o que em muito nos auxiliará nas nossas estratégias futuras e tomadas de decisão”, explicou Ionara.

A presidente do IEPTB-DF esteve presente em um debate na 16ª Convergência, encontro nacional de Tabeliães de Protesto de Títulos que ocorreu entre os dias 19 e 21 de setembro na cidade de Cabo de Santo Agostinho, região metropolitana de Recife (PE), para discutir as estratégias da Vallya para os Cartórios de Protesto. Assim como ela, os sócios da Vallya, Marcos Oliveira, advogado especializado em Direito Empresarial pela Fundação Getúlio Vargas (FGV) e João Pedro Cortez, mestre em economia pela FGV, falaram sobre medidas que visem garantir e dar maior amplitude aos diferenciais do Protesto.

Logo no início da palestra, João Pedro Cortez disse que foram pensadas estratégias para se trabalhar junto ao IEPTB-BR no âmbito do Executivo, Legislativo, além das áreas de mercado e corporativa. “Se queremos fazer uma frente nova com esses grupos temos que olhar também para dentro de casa. Foi feito um trabalho muito grande tentando entender as qualidades, os desafios, os defeitos, as necessidades e demais pontos do Protesto visto como uma empresa e uma instituição”, analisou o economista. Durante a palestra, a Vallya também expos em seu painel a visão de futuro necessária para a consolidação do Protesto no longo prazo, ressaltando a importância de alcançar novas funções como a da busca pela conciliação e recuperação de crédito.

Ao ser questionado sobre o Provimento nº 72, que dispõe sobre medidas de incentivo à quitação ou à renegociação de dívidas protestadas nos Cartórios de Protesto do Brasil, o advogado Marcos Oliveira afirmou que a atividade têm a chance de se tornar mais importante como meio de recuperação de ativos. “Com o Provimento 72, os Cartórios de Protesto têm uma chance fantástica de operacionalizar a essência da sua atividade. Implicitamente, o Protesto tem como base a recuperação de ativos. A partir do momento em que o próprio órgão de supervisão e fiscalização sugere que as atividades podem usar mecanismos para buscar o retorno desse capital, é uma forma de você dar mais eficiência e tornar mais perene a importância dos Cartórios de Protesto como meio de recuperação de ativos”, argumentou o advogado.

Ainda de acordo com Marcos Oliveira, o mercado a ser explorado pelos Cartórios de Protesto é enorme e o Provimento nº 72 se encaixa nessa possibilidade. “Alternativas como a renegociação de dívidas, dedutibilidade fiscal e guarda digital de títulos protestados abrem novas oportunidades para os Cartórios de Protesto. A base para o aprimoramento da ferramenta protesto e alcance de todo este potencial citado é uma governança cada vez mais eficiente e o avanço tecnológico com foco na integração de dados, eficiência, segurança e economicidade”, garantiu o sócio da Vallya. “A oportunidade criada no Provimento 72 veio em ótima hora para o Brasil e irá nos ajudar a diminuir o índice de inadimplência, sem sobrecarregar as varas judiciais.

Os tabeliães de protesto reconhecem essa vitória e já estão empenhados, por meio dos seus institutos e com o apoio da Vallya, a desenvolver os melhores sistemas, ferramentas e práticas para oferecer a renegociação de dívidas à população de forma célere e simples, além de já estarem se capacitando para as mediações”, revelou a presidente do IEPTB-DF.

FONTE: REVISTA CARTÓRIOS COM VOCÊ


ACOMPANHE