Na 16ª Convergência, representantes da Febraban e dos principais bancos do País destacam efetivação do Protesto para a recuperação do crédito no setor bancário


Paula Brito - 28/09/2018

Um painel composto por representantes do setor bancário abriu o segundo dia da 16ª Convergência,  evento  nacional  dos  cartórios  de  protesto  organizado  pelo  Instituto  de  Estudos  de  Protesto  de  Títulos  do  Brasil  – Seção Pernambuco (IEPTB/PE), e realizado entre os dias 19 e 21 de setembro na região metropolitana de Recife.

Ao abrir as apresentações o diretor adjunto de operações da Federação Brasileira de Bancos (Febraban), Walter Tadeu Pinto  de  Faria,  destacou  a  importância  dos Tabelionatos de Protesto para a recuperação de títulos para o sistema bancário.

“O protesto é mais efetivo do que a negativação. O protesto já está bem inserido dentro do sistema financeiro e confiamos nele, pois 74% do nosso protesto traz um  resultado  positivo  para  os  bancos”,  disse Faria.

A  representante  do  Itaú-Unibanco  e  membro  da  comissão  de  protesto  da Febraban, Ariadne Lucato Mota, afirmou que  muitas  vezes  os  clientes  preferem  recorrer ao protesto de títulos por causa da credibilidade dessa ferramenta. No entanto,  Ariadne  acredita  que  para  melhorar  a  efetividade  deste  instrumento  é  necessário  aprimorar  a  qualidade  do  serviço  e  ampliar  a  postecipação  dos  emolumentos  em todo território nacional.

“A qualidade do serviço está comprometendo a volumetria. Evidentemente, há empresas com dificuldades financeiras, mas  o  bom  serviço  dos  cartórios  de  protesto pode ser aprimorado. Além de se investir em tecnologia, a postecipação é um fator importante para alavancar o número de protestos dos bancos. A questão da custa  antecipada  é  sim  um  fator  importante. Em  alguns  estados,  as  custas  são  muito  altas chegando a representar 80% do título protestado”, revelou a representante do Itaú-Unibanco.

Coordenador da comissão de protestos e representante do Bradesco, Sérgio Antonio  Pires  reconhece  que  a  parceria  entre os bancos e os cartórios de protesto tem sido proveitosa. Mesmo assim, acredita  que  podem  haver  novas  soluções  entre  os dois segmentos para a melhoria do serviço prestado à população.

“Sempre  começamos  a  mudança  no  protesto  pela  padronização  de  procedimentos.  Avançamos  muito,  mas  juntos  temos que encontrar caminhos e alternativas para evoluirmos e não ficarmos estacionados”, ressaltou Pires.

Já  a  representante  do  Banco  do  Brasil,  Eliziane  Freisleben,  também  reconhece  que  o  protesto  é  mais  efetivo  do  que  a  negativação.  Para  ela,  digitalizar  os  procedimentos  de  protesto  é  cada  vez  mais  importante  no  universo  digital  dos dias de hoje.

“Tornar  os  processos  menos  burocratizados,  mais  fáceis  e  digitais  facilita  para  o  cliente.  É  o  que  os  clientes  vêm  buscando e é o que os bancos vêm fazendo hoje  para  satisfazer  seus  usuários”,  revelou a palestrante.

Ao final do painel, o presidente do Instituto de Estudo de Protesto de Títulos do  Brasil  –  Seção  São  Paulo  (IEPTB/SP),  José Carlos Alves, entregou uma placa homenageando Walter Tadeu Pinto de Faria.

O encontro em Pernambuco

Com  a  presença  de  tabeliães  de  protesto de todo País, a 16ª Convergência vem  sendo  realizada  desde  quarta-feira  (19.09), no Sheraton Reserva do Paiva Hotel  &  Convention  Center,  localizado  em  Cabo  de  Santo  Agostinho,  na  região  metropolitana de Recife (PE).

Idealizado pelo Instituto de Estudos de  Protestos  de  Títulos  do  Brasil  (IEPTB), a  Convergência  comemora  três  décadas  de  empenho  em  prol  da  evolução  dos  Tabelionatos  de  Protestos,  enquanto  a  Seccional  de  Pernambuco,  responsável  por  sediar  o  evento,  celebra  15  anos  de  sua  criação.

FONTE: Jornal do Protesto de São Paulo


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