Quase metade das empresas só dura três anos, mostra IBGE
Paula Brito - 04/10/2018
Em 2014, apenas 52,5% dos negócios abertos em 2011, o correspondente a 347 mil de um total de 661 mil estabelecimentos, tinham sobrevivido, segundo a pesquisa Demografia das Empresas e Estatísticas de Empreendedorismo, divulgada pelo IBGE na quarta-feira (03.10). Dois anos depois, essa parcela era ainda menor: somente 38% ou 251 mil das firmas abertas cinco anos antes ainda estavam ativas.
A pesquisa mostra, ainda, que a taxa de sobrevivência tem uma relação direta com o porte da empresa. As com mais pessoas assalariadas tendem a permanecer mais tempo no mercado. Nas faixas de menor número de pessoas ocupadas assalariadas, porém, em que existem grandes movimentos de entrada e saída, as taxas de sobrevivência são menores.
Com relação aos segmentos com maior índice de sobrevivência, as empresas das áreas de saúde humana e serviços sociais e atividades imobiliárias foram as que permaneceram por mais tempo abertas no período de 2012 a 2016.
Em 2016, após cinco anos da entrada no mercado, as taxas de sobrevivência nessas atividades foram de 55,8% para as empresas de saúde humana e serviços sociais e de 49,4% para as de atividades imobiliárias. Já o comércio, a reparação de veículos automotores e motocicletas, que foi a atividade com o maior número de entradas e saídas de empresas do mercado, teve as menores taxas de sobrevivência.
Das criadas em 2011, 74,1% ainda existiam em 2012; 62,8% em 2013; 50,3% em 2014; 43,3% em 2015; e 36,1% em 2016. Todas essas taxas foram inferiores às médias gerais para o País, no período.
FONTE: O Globo